Chrisitan H. Godefroy
Como
desenvolver a autoconfiança
As maravilhas da confiança
A confiança é, primeiro que tudo, um
reflexo de uma auto-imagem positiva. Para se ter confiança em si próprio é
necessário gostar de si. Para inspirar confiança aos outros, é necessário
aprender a ter confiança em si.
Para convencer os outros, primeira tem
de se convencer a si. Por que razão as pessoas carismáticas não têm quaisquer
problemas em encontrar gente que as siga? Porque elas estão convencidas de
estar a fazer a coisa certa.
Aprendendo a apreciar-se, adoptando a
atitude de que o êxito é um direito seu, pois você é tão inteligente,
competente e cuidadoso como qualquer outro, o potencial do sou êxito aumentará
astronomicamente.
No entanto, a autoconfiança é
extremamente volátil. Aparece e desaparece sem percebermos exactamente porquê,
à primeira vista.
Note que eu disse
"à primeira vista"! Porquê?
Porque alguns momentos de
introspecção são normalmente suficientes para descobrir o mistério que está por
detrás do desaparecimento repentino da sua autoconfiança.
A confiança gera o êxito
Quando andava na escola,
provavelmente partilhava algumas das suas apreensões sobre os exames com os
seus pais e o mais provável é que tenham dito algo parecido com: “Se achas que
não consegues, então não vais mesmo conseguir!”
Este princípio simples deveria
manter-se connosco durante a nossa vida inteira, como se fosse um anjo da
guarda. Porque a confiança gera o êxito que, por sua vez, gera mais êxito. Ao
perder a confiança, experimentará fracasso após fracasso.
Para adquirir autoconfiança, o género
que irradia de personalidades magnéticas e que é o ingrediente elementar do
carisma, tem de ter perseverança. Porém, não é tão difícil como parece.
Por exemplo, lembra-se da primeira
vez que andou de bicicleta, ou a primeira vez que andou de patins ou esquis? É
natural que tremesse de medo, tal como a maioria das pessoas. No entanto,
agora, andar de bicicleta, patinar ou fazer esqui, parece-lhe a coisa mais
natural do mundo.
Lembra-se de quando aprendia a
conduzir? Após ter finalmente dominado o mistério de avançar lentamente em
primeira velocidade, com os dentes rangendo e o suor a cair-lhe da testa,
aprendeu a manobrar no meio do transito, a estacionar, a arrancar numa subida e
aí por diante. No entanto, hoje conduz quase mecanicamente sem problemas! Tem
plena confiança na sua capacidade como condutor e o êxito vem-lhe
automaticamente.
Como adquirir a confiança
que lhe falta
Vai seguir um método progressivo que
consiste em duas partes, cada uma destas subdividida em inúmeros passos.
Primeiro, irá aprender a reconhecer o
seu próprio valor e a manter a consciência disso. Em seguida, aprenderá a
autoafirmar-se, isto é, a aplicação prática da sua nova autoconfiança, no
dia-a-dia.
Reconheça o
seu valor pessoal
1.° Passo: Faça um registo
dos seus êxitos
Numere metodicamente os seus pontos
fortes, tal como as ocasiões em que os utilizou positivamente. Seguem-se
algumas perguntas que o poderão ajudar no caso de ficar bloqueado:
•
Em que áreas possui capacidades especiais? Estas
poderão ser capacidades profissionais, de passatempos, desportivas, etc.
•
Que coisas tangíveis conseguiu realizar (êxito
académico ou profissional, criar filhos, um bom casamento, êxito na vida
pessoal, no desporto, etc.)?
•
Em que ocasiões teve o prazer de experimentar o
êxito? Procure pela sua memória, indo o mais para trás possível, até à sua
infância
•
O que é que as pessoas que conhece apreciam em
si?
E por aí fora. Não se subestime. No
que respeita a autoconfiança, é tão importante saber coleccionar selos como
mudar uma vela no seu carro ou saber manter um bom ambiente familiar.
Leia e releia a sua lista de êxitos.
Guarde-a consigo e acrescente-lhe alguns de vez em quando. Saboreie-a e
impregne na sua mente a imagem positiva que ela representa, pois essa imagem
positiva é você !
2.° Passo: Seja optimista
Todos nós fracassamos uma vez ou
outra. Até as pessoas mais carismáticas fracassam de vez em quando. Mas, ao
contrário destas, a nossa reacção ao fracasso pode ser catastrófica.
Muitos ficam a pensar sobre os
obstáculos e as desilusões e acabam por se deixar dominar por eles durante a
vida inteira. Será o leitor uma destas pessoas?
Se é, então tem de
mudar.
As pessoas
confiantes contam os seus êxitos e não os fracassos
As pessoas confiantes contam os seus
êxitos e não os fracassos. Esquecem-se do passado e concentram-se no presente
e, claro, no futuro. Cada palavra e acção é iluminada pela luz do optimismo.
Eis um pequeno teste que o ajudará a
determinar se tem tendência para o optimismo ou para o pessimismo. Se for
honesto na resposta às perguntas, ser-lhe-á possível pôr o dedo na manifestação
mais importante da sua falta de autoconfiança.
TESTE: É optimista ou
pessimista?
1. Alguém
põe um copo de água, vinho, sumo ou outra bebida de que gosta à sua frente. O
copo está cheio até metade. A primeira coisa que pensa é:
a) O
copo está meio vazio.
b) O
copo está meio cheio.
2. Passa
por uma bela casa – uma que está muito próxima da casa dos seus sonhos. A
primeira coisa em que pensa é:
a) Nunca
podarei pagar o preço de uma casa assim.
b) Espero
que as pessoas que vivem nesta casa saibam aprecia a sua sorte.
3. Fica
a saber que alguém no seu trabalho será promovido mas não sabe quem. A primeira
coisa que lhe passa pela cabeça é:
a) Não
serei eu.
b) Existe
uma possibilidade de que seja eu.
4. Antes
de sair esta manhã, reparou que o céu estava encoberto:
a) Leva
a sua gabardina e um guarda-chuva para o caso de chover.
b) Pensa
que é provável que o tempo levante com o passar do dia.
5. Está
a espera de alguém na estação de comboios. O comboio chega, mas não o seu
amigo. A primeira coisa em que pensa é:
a) Ele
(ou ela) deve ter tido um acidente no caminho para a estação.
b) Deve
ter perdido o comboio. Vou telefonar para casa para saber se deixou recado para
eu esperar pelo próximo comboio.
Resultado
1. Se escolheu b) para todas as perguntas,
então sabe tudo acerca de ser optimista. Você é como um raio de sol para as
pessoas que o rodeiam. Todos apreciam a sua atitude optimista e muitos,
naturalmente, o invejam por isso.
Não mude! Encontrou uma das chaves da
felicidade, saúde, sabedoria e, o que é mais interessante no contexto deste
livro, para possuir uma personalidade carismática.
2. Se respondeu a) a três, quatro ou cinco
perguntas, então é tempo de olhar bem à sua volta. A sua vida é provavelmente
monótona e desorganizada. É um derrotista, um pessimista e não tem nenhuma
autoconfiança. Preocupa-se por tudo e por nada, e naturalmente é uma daquelas
pessoas que todos acham um pouco deprimente.
3. Se respondeu a) a uma ou a duas das
perguntas, está no caminho certo, mas ainda tem progressos a fazer.
Não é possível libertar-se, do dia
para a noite, da atitude pessimista que possuiu durante uma vida inteira. No
entanto, se tentar, logo perceberá que não precisa de muito esforço para
começar a adoptar uma atitude mais optimista. Após algumas semanas deverá
sentir uma melhoria significativa.
Faça o seguinte
exercício durante oito semanas:
EXERCÍCIO:
AUTO-ANÁLISE
1. Pegue
num bloco de notas e numa caneta e leve-os consigo para todo o lado.
2. Durante
as duas primeiras semanas. sempre que lhe passar um pensamento negativo pela
cabeça (como, “de certeza que vou apanhar uma constipação com este tempo...” ou
“já sei que o aquecimento se vai avariar assim que começar a fazer frio...” ou
“já sei que vou estragar o cozinhado porque temos convidados...”) escreva-o no
seu livrinho ao lado da data em que este ocorreu.
Nota:
É natural que repare que, à medida que se aproxima do final das primeiras
duas semanas, terá mais coisas escritas do que no início. Não se preocupe, não
é porque o seu estado psíquico se deteriorou, mas simplesmente porque, ao
acostumar-se a escrever os seus pensamentos negativos, tomará mais consciência deles
e poucos escapam à sua detecção. Isto mostra que o processo de auto-análise
está a resultar.
3. Durante
as duas semanas seguintes, ignore os pensamentos negativos. Concentre-se
exclusivamente nos pensamentos positivos e tome nota no seu bloco de notas ao
lado da respectiva data em que os teve. (Como, por exemplo, “o tempo está tão
bom, posso trabalhar no jardim este
fim de semana..." ou "acho que o meu casaco novo me fica muito
bem...", etc.).
4. Quando
estas duas semanas passarem, sente-se num lugar calmo e dê uma vista de olhos
ao seu livrinho de apontamentos. Conte os pensamentos negativos e depois os
positivos. Em princípio, se a lista de pensamentos negativos for maior, isto
indica que o seu estado psíquico precisa de ser animado.
5. Agora,
olhe para os pensamentos negativos e substitua-os, um por um, por pensamentos
positivos. Por exemplo, se escreveu
“Que maçada, hoje está a chover, não
posso jogar ténis." Pode substituir este pensamento por algo parecido com:
“Ah, hoje está a chover, posso estrear a minha gabardina nova." ou...
“Está a chover, que bom, o jardim
estava a precisar!” ou...
“Chuva? É uma boa
oportunidade para tratar da minha colecção de selos."
6. Na
semana seguinte, recomece tudo de novo. Continue fazendo isto durante, pelo
menos, dois meses. Se tem sido honesto e tem feito um verdadeiro esforço para
escrever os seus pensamentos, a diferença entre os pensamentos negativos e
positivos deverá diminuir. A certa altura, terá mais pensamentos positivos do
que negativos. Uns dias mais tarde, aperceber-se-á de que todos os seus
pensamentos negativos desapareceram.
Desta forma, eliminará os receios e
as dúvidas que estão a debilitar a sua autoconfiança e que o fazem preocupar
com acontecimentos que nunca chegam a acontecer.
Este exercício é
fundamental para o seu êxito.
Pare de ler e comece o exercício já.
(Se, por exemplo, achar que o exercício não vai resultar, escreva diariamente
as dúvidas que tem).
3.° Passo: Mudar a sua
reacção ao fracasso
Há vários ditados que são fruto da
experiência popular. Aqui se seguem dois que deve manter sempre em mente:
"Quem
não arrisca, não petisca."
"A
sorte sorri aos audazes."
De facto, os fracassos só podem
ocorrer àqueles que arriscam, aos que ousam tentar. Se experimentou um
fracasso, é porque ousou agir, arriscou e possui a qualidade da iniciativa!
É só tentando que se pode ter êxito.
Ponha-se em linha, aceite os riscos e logo verá que a Deusa da Sorte lhe sorri.
Considere tudo o que faz como se
fosse um jogo – às vezes perde-se, outras vezes ganha-se. Não existem fracassos
que possam fazer diminuir o seu valor como pessoa; pelo contrário, eles provam
que tentou, que mostrou coragem e iniciativa e que foi dinâmico.
4.° Passo: Pare de ver
fracassos por todo o lado
Como é possível ver um fracasso,
quando ele não existe? Logo verá !
EXERCÍCIO:
CLASSIFIQUE E ARQUIVE OS SEUS
FRACASSOS
1. É
tempo de limpar o seu arquivo de fracassos. Faça uma lista dos seus fracassos
pessoais, profissionais, atléticos e sociais.
2. Quando
a lista estiver completa, analise os fracassos individualmente. E muito
provável que, nove em cada dez casos:
•
Aquilo que considera um fracasso seu, estava
fora do seu controlo, não tinha nada a ver consigo.
•
Aquilo que considera um fracasso, não foi bem um
fracasso, mas simplesmente uma insatisfação.
Por exemplo, algumas pessoas
sentem-se mal por terem fracassado com os seus filhos, por não os terem
encorajado a obterem uma boa educação, porque os seus filhos preferiam passar o
tempo na praia a praticar windsurf em vez
de irem para o colégio. Se é um destes pais, então é bom que se mentalize que a
vida dos seus filhos lhes pertence a eles e que são livres de fazer o que
quiserem.
Se são mais felizes a praticar windsurf do que a fazer cálculos
logarítmicos, isso é com eles. Você não é responsável! Você fez tudo o que pôde
para que os seus filhos fossem felizes e equilibrados. Isto é tudo o que ser
pai requer.
3. Quando tiver analisado em pormenor
a sua lista de fracassos, rasgue-a calma e lentamente, em mil pedaços. Faça-o
cerimoniosamente, como se estivesse a executar um ritual simbólico extremamente
importante. Depois, deverá experimentar uma sensação de renascimento e de
purificação.
Afirme-se
Agora que está convencido do seu
valor pessoal, agora que deixou de se subestimar e olha para o futuro com uma
sensação de optimismo crescente, é uma boa ideia começar a aplicar a sua nova
auto-imagem própria a situações do dia a dia. A autoconfiança requer duas
qualidades fundamentais: Saber recusar Saber pedir.
1.° Fase: Aprenda a dizer
não
Por que razão temos
medo de dizer não?
Passamos a vida a encontrar gente que
tenta dar-nos ordens e manipular-nos, que tenta obter algo de nós, usar-nos ou,
simplesmente, dominar-nos completamente, psicológica e fisicamente.
Cabe-nos a nós fazer perceber a estas
pessoas que controlamos o nosso espaço vital, a nossa integridade mental e
emocional, o nosso tempo livre, o nosso dinheiro, etc.
Alguma vez se encontrou a dizer sim,
quando na verdade queria dizer não? Seja franco. A maioria de nós tem medo de
dizer não.
Porquê?
Medo da rejeição
Os psicólogos atribuem este reflexo
ao medo da rejeição. Pensamos que, ao recusar qualquer coisa a alguém, iremos
sofrer consequências desastrosas. No mínimo, perderemos a amizade ou a afeição
dessa pessoa.
Ora, isto pode ser verdade, mas
quando compramos um par de sapatos ou um segure de vida porque o vendedor é
implacável, será que isto se deve ao medo da rejeição? Afinal mal conhecemos
essa pessoa!
Talvez assim seja, mas os psicólogos
descobriram que a maioria das pessoas não suporta ser rejeitada por ninguém,
até mesmo por aqueles que não conhece ou de quem não gosta. Interessante, não
é?
As pessoas que nunca dizem não também
têm vergonha de ser consideradas (o horror dos horrores!) egoístas, se, por
exemplo, ousam recusar receber 25 convidados na ceia de Natal, se recusam ser
motoristas dos filhos ou fazer horas extraordinárias regularmente sem serem
pagas, só para agradar ao patrão.
Qual é o resultado
desta atitude?
Estará a acumular
ressentimento?
Se nunca aprendeu a dizer não, então
está certamente a acumular uma dose tóxica de ressentimento. Sem dúvida, tem a
sensação de estar a ser explorado e de ser a pessoa a quem todos pedem, porque
diz sempre sim...
Pois é tempo de se
livrar destas toxinas!
As pessoas carismáticas não deixam
que os outros os pisem. Pessoas como Napoleão, Roosevelt, Washington e Ghandi,
para apenas falar de alguns, levavam muito tempo a ser convencidas, sabiam bem
como afirmar-se. Por que não imitá-las?
Como recusar
Primeiro, tenha a certeza de evitar
qualquer demonstração de insatisfação, tais como suspiros, gritos, lágrimas,
etc. Dizer não, não significa que tem de bater com o punho na mesa com toda a
força. O que precisa é de ser firme.
Cinco regras de ouro para
dizer não
Aqui tem algumas regras: em breve
perceberá o quanto são eficazes.
1.
Ouça
o pedido com atenção e leve tempo para pensar antes de responder.
Por exemplo, se alguém telefonar a
pedir-lhe que vá às compras com ele e você não tem a certeza de lhe apetecer,
poderá responder delicadamente:
"Terei de pensar nisso, volto a
telefonar dentro de uns minutos.”
2.
Diga
sempre a verdade.
Não dê justificações, nem pretextos
inventados que pode esquecer, nem mentiras que só complicarão a sua vida.
3.
Diga
o que tem a dizer com tacto e consideração.
Recusar algo a alguém não significa
atacá-lo até à morte. Se lhe pedirem para comparecer a uma reunião, por
exemplo, será mais diplomático dizer:
“Agradeço terem-se lembrado de mim,
mas penso que não terei tempo”
em vez de:
“Não me apetece ir,
será uma perda completa de tempo”.
4.
Não
caia no erro de discutir, especialmente quando a outra pessoa se torna
agressiva.
Mantenha a calma e faça um sorriso.
Estas são as suas melhores armas contra aqueles que fazem de conta que estão
chocados com a sua recusa repentina de não ceder aos desejos deles. Evite
entrar em discussões acerca da razão que o levou a recusar. Não tem de dar
explicações supérfluas. Apenas sorria e diga “não”.
Vejamos um exemplo. O seu marido (ou
a sua mulher) chega a casa do trabalho e avisa-a de que convidou um colega para
jantar no sábado. Ele sabe o quanto você estava com vontade de sair no sábado,
para ir ao cinema ou ao teatro, portanto vai tentar fazê-la mudar de ideias.
Se tem mesmo vontade de ir ao cinema
ou ao teatro, então não existe qualquer razão para não ir.
Não se deixe envolver numa longa
discussão, que poderá levar a uma briga, durante a qual o mais provável é
dizerem-se coisas de que irão arrepender-se. Simplesmente repita delicada e
calmamente o seu desejo de sair nessa noite.
O seu marido pode
muito bem receber os convidados sozinho.
“Mas...”, oiço-a pensar, “... ele
terá de dar uma explicação para a minha ausência.”
Esse é um problema
dele e não seu.
5. Não se desculpe.
Não há razão nenhuma para inventar
uma desculpa porque disse que não a alguém. É o seu direito como indivíduo.
Ao dar uma desculpa, coloca-se numa
posição inferior, revela o seu receio e dá a impressão à outra pessoa de que é
possível quebrar as suas defesas e fazê-lo mudar de ideias. Seguir-se-á uma
discussão e provavelmente acabará por dizer sim, só para ter um pouco de paz e
sossego.
Eis boas notícias: de acordo com
especialistas, o primeiro “não” é o mais difícil. Quando se aperceber de que não
causou nenhum desastre cataclísmico, então será mais fácil dizer não uma
segunda vez. Então, o que espera?
2.° Fase: Aprenda a pedir
Por que razão se tem
de pedir?
Porque afirmar-se requer mais do que
responder negativamente. Afirmar-se significa também saber como pedir.
Outro provérbio que
ilustra bem este ponto é:
“Dar é mais doce que receber."
Todos gostam de dar, pois dar faz
crescer o ego, faz-nos sentir melhores e cria um sentimento profundo de
satisfação. Mas se não se pede nada, corre-se o risco de se ser passado para
trás.
Os outros nem sempre podem adivinhar
aquilo que se espera deles. Nem têm a obrigação de tentar perceber o que o
outro pretende.
Até o seu marido, os seus pais e os
seus amigos mais próximos, não podem saber exactamente o que se passa na sua
cabeça no momento preciso em que deseja algo.
Quer ter uma festa de aniversário?
Diga-o às pessoas. Os seus amigos e familiares terão muito gosto em fazer uma
surpresa para si!
Por outro lado, se está sempre a
dizer que os aniversários não têm qualquer significado para si, que deixou de
contar os anos, etc., então não se surpreenda se o seu marido se esquecer de
lhe dar um presente.
Imaginemos que existe uma vaga no seu
emprego que lhe interessa muito. Não fique à espera de que lha ofereçam. Vá
falar com o seu superior e diga-lhe aquilo que pretende. Explique como faria
esse trabalho e por que razão se sente habilitado para o fazer.
Talvez o auto-sacrifício e a modéstia
sejam virtudes cristãs, mas pode ter a certeza de que não foi isso que deu a
coroa a Napoleão nem o que permitiu a Ronald Reagan governar durante dois
mandatos na Casa Branca.
Quais as decisões que acha
mais difíceis de tomar?
Pense na sua vida familiar, social,
profissional, sexual, etc., e decida quais as exigências que tem mais
dificuldade em cumprir. Numere-as de acordo com o grau de dificuldade,
começando pela mais difícil.
Exemplo3
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
Agora, pratique a formulação destas
exigências, começando pela mais fácil e progredindo até à mais difícil, usando
a primeira pessoa (“eu...”). Primeiro, escreva-as e, depois, leia-as de vez em
quando.
Exemplo 2
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
Aprenda a receber
Uma vez que tenha conseguido aquilo
que queria, chegou o momento de o aceitar graciosamente.
Lembre-se de como certas pessoas
reagiram quando teve o prazer de lhes oferecer um presente: “Que loucura! Não
devia ter gasto dinheiro comigo! Não era necessário...”
O que pode ser mais deprimente do que uma
reacção destas?
Quem oferece não só se sente ridículo
como magoado. Sente-se um idiota por ter gasto tanto em algo que não foi
apreciado e que nem pode ser pedido de volta.
Demore agora algum tempo a examinar a
sua própria consciência e pense nas vezes em que reagiu assim quando alguém lhe
ofereceu um presente ou fez algo por si.
Necessita de tanta
generosidade para receber como para dar
Se alguém lhe der algo ou fizer
alguma coisa por si, mostre que o apreciou. Fará essa pessoa feliz e ela vai
querer repetir o gesto mais vezes, ao mesmo tempo que a sua estima por si
aumentará gradualmente.
Este método ajuda-o a descobrir o que
pode fazer para aumentar a sua autoconfiança. Após ter identificado os
ingredientes que constituem a confiança, fez uma lista dos seus êxitos, que
agora mantêm sempre à mão, acrescentando mais coisas de vez em quando.
Aprendeu como o optimismo é
importante para se ter uma personalidade carismática. Se sente que tem
tendência para ser pessimista, corrija-a imediatamente. Assim, será mais feliz,
saudável e carismático.
Também sabe que, para adquirir a
personalidade magnética que sonha ter, é necessário saber afirmar-se; e
afirmar-se é, acima de tudo, uma questão de saber como dizer não.
Agora sabe por que é tão difícil
dizer não: medo da rejeição ou de parecer egoísta. Existem maneiras de dizer
não sem magoar – tem de ser diplomático e sensível e, ao mesmo tempo, firme e
directo.
Mas a autoconfiança também tem o seu
lado positivo: saber pedir. Ninguém pode adivinhar o que lhe passa pela cabeça.
Não espere que os outros tentem perceber o que quer. Peça e receberá.
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